Mitos e Verdades Sobre o Consumo de Leite: Individualidade Biológica Importa
Introdução
O consumo de leite gera dúvidas e controvérsias frequentes. Frases como “somente o ser humano toma leite de outro animal” são simplistas e podem induzir erros. Entender o conceito de individualidade biológica é essencial para uma orientação nutricional segura, evitando respostas prontas e terrorismo nutricional.
Exclusividade humana não significa inadequação
De fato, apenas os seres humanos consomem leite de outro animal. No entanto, também somos os únicos a usar computadores, construir casas, cultivar alimentos e criar tecnologias complexas. A exclusividade humana não determina se um alimento é prejudicial.
Segurança e fiscalização do leite
Historicamente, leite cru já foi adulterado com substâncias como soda cáustica para mascarar deterioração. Hoje, normas de pasteurização, inspeção e fiscalização garantem a segurança alimentar. Isso demonstra que o problema não está no leite em si, mas no contexto e manuseio seguro.
Individualidade biológica x escolhas pessoais
A avaliação do consumo de leite envolve dois aspectos fundamentais:
Individualidade biológica: pessoas digerem lactose de formas diferentes; algumas têm alergias ou intolerâncias.
Escolha pessoal: há quem não queira consumir leite ou carne por motivos éticos, culturais ou de preferência individual.
O nutricionista considera rotina, exames e objetivos para oferecer alternativas seguras, respeitando preferências e evitando terrorismo nutricional.
Desmistificando respostas simplistas
Frases como “leite é ruim porque vem na caixinha, use bebida vegetal” ignoram contexto nutricional. Todas as bebidas vegetais industrializadas também vêm em caixinha UHT. A diferença está na análise individualizada e baseada em ciência.
Cozinhar, fermentar e conservar alimentos: a ciência salva vidas
Práticas como cozinhar, fermentar e conservar alimentos não são “naturais”, mas permitiram que a humanidade sobrevivesse a intoxicações, infecções e fome. Essa lógica se aplica ao consumo de leite: o processamento adequado garante segurança e saúde.
Conclusão
Não existe resposta universal sobre consumir ou não leite. O que importa é individualidade biológica, contexto e orientação nutricional personalizada. O nutricionista não impõe alimentos, mas oferece informação segura e alternativa. Respostas simplistas confundem; respostas fundamentadas promovem saúde e relação equilibrada com a comida.
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Nutricionista Vanessa Lobato
Nutricionista Especializada em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP
Nutricionista Especialista em Fitoterapia pela Santa Casa
Pós-graduada em Neurociências pela UNIFESP
Especializanda em Nutrição Esportiva e Obesidade pela USP