Sempre me perguntam durante a consulta sobre qual é o melhor açúcar, então abaixo vou falar um pouco de cada para facilitar a escolha.
Eu sempre digo que o que vem da natureza é bom, e o açúcar vem da cana, sendo assim, ele é bom?
O problema do açúcar é que esse passa pelo processo de refinação.
Na natureza os carboidratos vêm protegidos, com fibras e isso faz com que a sua absorção seja mais lenta (Índice Glicêmico de baixo a moderado), porém veio o “homem” e refinou tudo que significa tem tirado as fibras e tudo!
Se consumirmos a cana de açúcar veremos que a velocidade de entrada do carboidrato na corrente sanguínea será lenta, já que chupar a cana é trabalhoso e assim atrasará a entrada da glicose na corrente sanguínea. Porém, como foram criados métodos ultra facilitadores dessa extração, nós consumimos um tipo de energia que a absorção é absurdamente veloz! E, o nosso corpo, como reage??
Como defesa, guarda essa energia que entra rapidamente no corpo.
SIM, precisamos de carboidratos, mas NÃO precisamos de açúcares com elevado Índice Glicêmico – que entrem muito rápido na corrente sanguínea. Como o corpo não está acostumado com isso, ele se defende e armazena esse açúcar na forma de glicogênio (o que é bom) OU gordura (o que não é tão bom).
Fisiologicamente estamos acostumados a consumir carboidratos com Baixo IG, aqueles que entram lento, já que nossos ancestrais não tinham maquinários para uma extração eficiente das fibras do alimento.
O processo de refinamento é algo “novo”comparado com a nossa existência no planeta terra.
Então, já sabemos que um dos problemas do açúcar é a sua velocidade de entrada – IG.
O outro problema é a quantidade de produtos químicos adicionados para ele ficar “branquinho”. E, nesse ponto o mascavo e o orgânico têm pontos positivos!
Vamos as diferenças:
Melaço/Melado:é o primeiro do processo, corresponde ao caldo de cana filtrado, decantado e limpo, evaporado e concentrado até a consistência de xarope não cristalizável.
Mascavo:é um açúcar bruto que não passa por refinamento, e por isso mantém os sais minerais.
Demerada:vem do melaço e passa por um refinamento leve e não recebe algum aditivo químico.
Orgânico: desde plantio, colheita e todo o processo industrial não recebe produtos químicos que agridem o corpo! Fica mais claro que o mascavo, mas sem sofrer adição de produtos químicos agressivos.
Cristal:Vem do melado ou do açúcar mascavo, e passa pelo processo de refinamento que tira cerca de 90% dos sais mineiras.
Refinado:Vem do melado ou do açúcar mascavo, mas passa por várias etapas de refinamento e branqueamento, perdendo totalmente os sais minerais e ganhando substâncias químicas agressivas ao organismos como soda cáustica, enxofre etc.
Light:é a combinação de açúcar refinado com adoçante!
Regra básica: quanto mais escuro o açúcar, mais nutrientes esse contém.
Calorias: A variação é de 10% de energia, e isso não é muita coisa.
Nutrientes: Entre o mascavo e o refinado há uma grande variação, mas isso não justifica usar o açúcar mascavo como fonte de nutrientes, já que existem muuuuuitos outros alimentos fontes dos mesmos.
Resumo: O uso de açúcar, no meu ponto de vista não é necessário; Para que se habituou usar, já que para muitos desde a primeira “mamadeira” ou “papinha doce” já foi adicionado o açúcar, aconselho que escolha os menos agressivos, aqueles que contêm menos aditivos químicos como o mascavo ou orgânico; Quanto aos adoçantes (tem uma postagem sobreclique aqui): a lei é quanto menos melhor! Apesar de não ter energia contêm elevados números de substâncias químicas que o corpo não reconhece tão bem, dificultando o metabolismo.
Vanessa Lobato é graduada em Nutrição desde 2005 pela Universidade São Judas Tadeu (USJT) e possui um sólido histórico de especializações que a tornam uma profissional de referência na área. Ela se especializou em Fisiologia do Exercício pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e possui cursos na área de nutrição funcional pela VP Funcional. Além disso, Vanessa é formada em Aromaterapia pela Escola Samia e possui especialização em Fitoterapia pela Santa Casa. Atualmente, está em processo de especialização em Nutrição Esportiva e Obesidade pela Universidade de São Paulo (USP) e em Neurociência pela UNIFESP. Sua paixão pela educação é evidenciada em sua atuação como professora convidada no SENAC e na FASM, onde compartilha seu conhecimento com novos profissionais da área. Vanessa é reconhecida por sua abordagem holística e personalizada, focando na saúde e bem-estar de seus clientes.