Estresse: Estimulantes ou Adaptógenos?

Quem nunca se sentiu estressado? O estresse está cada vez mais presente em nossas vidas modernas, seja no trânsito, no trabalho, em tempos de pandemia ou até mesmo por preocupações cotidianas. Enfrentamos picos de estresse diariamente, e como resultado, muitos de nós recorrem aos estimulantes para aliviar a sensação de esgotamento mental. Mas sabia que uma opção mais eficaz nestes casos seriam os adaptógenos?

Os adaptógenos são agentes moduladores da resposta ao estresse, aumentando a resistência geral do organismo e sua capacidade de adaptação e sobrevivência. Enquanto o estresse pode ser um estímulo positivo para o corpo em certas situações, como durante atividades físicas que promovem adaptações positivas, como a hipertrofia muscular, ele também pode levar ao overtraining em atletas, resultando em fadiga crônica devido ao excesso de treino e insuficiente recuperação.

Quando o organismo enfrenta o estresse, três sistemas principais são ativados para nos proteger e promover a adaptação:

  • Sistema Nervoso Central através do Sistema Autônomo, que libera catecolaminas pelo sistema simpático e parasimpático;
  • Sistema Endócrino, que secreta ACTH resultando na liberação de cortisol;
  • Sistema Imunológico, tanto pela via inata quanto adaptativa.

No entanto, as consequências do estresse podem se manifestar em formas negativas quando se tornam constantes, prejudicando sistemas de reparação como o sono e gerando um ciclo de estresse que leva à fadiga e exaustão corporal.

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Como reação ao cansaço, muitas pessoas recorrem aos estimulantes para manter o estado de vigília por mais tempo. Contudo, apesar da ação aguda e rápida dessas substâncias, como cafeína, bebidas energéticas e pré-treinos, a resposta tende a ser temporária e seguida por uma queda de energia abrupta, aumentando ainda mais a sensação de fadiga. Isso pode resultar na necessidade de aumentar constantemente o consumo desses estimulantes.

Por outro lado, os adaptógenos oferecem uma abordagem diferente. Eles prolongam a resistência inespecífica ao estresse e diminuem a magnitude da fase de alarme, proporcionando uma resposta menos intensa e mais duradoura, sem o risco de um rebote de energia.

No Brasil, alguns dos adaptógenos mais conhecidos e utilizados são Rhodiola rosea, Withania somnifera e Panax ginseng. Estes fitoterápicos têm sido tradicionalmente utilizados por povos indígenas para aumentar a resistência em momentos de necessidade, e mais recentemente foram estudados e adotados pelos russos na década de 40/50 como alternativa aos estimulantes, buscando manter a alerta sem os efeitos colaterais negativos.

Há uma lista gigantescas de adaptógenos, veja abaixo:

Você se vê dependente de café ou pré-treino para se manter energizado? Que tal conversar com seu nutricionista sobre a possibilidade de incluir adaptógenos na sua rotina?

Veja um vídeo explicativo aqui

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Referências:

#bjodanutri #NutriVanessaLobato
Nutricionista Vanessa Lobato
Nutricionista Especializada em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP
Nutricionista Especialista em Fitoterapia pela Santa Casa
Especializanda em Nutrição Esportiva e Obesidade pela USP
Pós-graduanda em Neurociências pela UNIFESP